No
Jornal da Itatiaia 1ª edição, o Jornalista Carlos Lindemberg fez uma
crítica aos Policiais Militares por protesto à morte de um irmão de
farda e disse que isso seria um aviso ao governo, porque a manifestação
seria uma ameaça à sociedade.
Veja abaixo a crítica do jornalista e logo após a resposta do oficial responsável pela comunicação organizacional da Policia Militar:
"A manifestação dos policiais militares no fim de semana, a protesto da
morte de um colega de farda, é mais que um aviso, é um alerta ao governo
de estado. Tropa sem disciplina é tropa sem controle e tropa sem
controle mais ameaça do que protege a sociedade. Se os policiais
militares querem respeito da sociedade, é melhor proteger ao invés de
ameaça-la, ainda que possam ter razão na alegação que a policia prende e
a justiça solta. Nesse caso, é melhor dialogar do que protestar."
Caro Jornalista Carlos Lindemberg,
Confesso que causou-nos
estranheza ouvir o seu comentário equivocado, na rádio Itatiaia, acerca
do manifesto dos policiais militares, de maneira pacífica, como deve
ser, pelas ruas que patrulhamos, quando da perda de um companheiro que,
diariamente, como tantos outros, se sente inconformado, ao carregar
sobre os ombros e n’alma a perplexidade de todas as mazelas e injustiças
sociais, ao enfrentar a contumácia criminosa e o comodismo ético,
politicamente correto!
Nós, Polícias Militares,temos sido, não
indisciplinados ou sem controle, efetivamente, temos sido sim, o
instrumento vivo, resistente e estimulador da proteção social. Ainda,
mais, multipresentes ao socorrer as pessoas na comunidade. Temos o
Direito de ter Direitos. Até de vocalizar nossas indignações,não somos
obrigados a ficar calados, nós também temos opinião própria. O que
fizemos não foi só motivado pela dor, nem tampouco, pela Polícia
Militar, mas, sobretudo, pela sociedade, a qual servimos, protegemos e
doamos nossa vida, como o destemido Sd André.
E, diga-se de passagem,
essa mesma sociedade já está farta de tanta impunidade. Equivoca-se ao
afirmar que ameaçamos mais do que protegemos. Diante de sua retórica
cerebrina, asseguramos-lhe que não exigimos respeito da sociedade ,pois,
esta sociedade, já nos respeita, falamos dos cidadãos de bem, esses
estão habituados a contar conosco, quando outros órgãos do Poder Público
não se fazem presentes ou se mostram impotentes ou inoperantes, por
conseguinte, estamos imunes a essa desfaçatez.
Ficamos, volto a afirmar,
perplexos, não esperávamos isto de você, que é de indubitável saber e
profundo reconhecimento no âmbito midiático e social. Pois, se nossa
manifestação pousada que foi, na dor da perda de um “irmão” de farda, de
profissão e sustentada por concepções de nítido arejamento democrático,
em busca de justas mudanças é motivo de “aviso” ou “alerta”.
O que
dizer, quando as pessoas colocam faixas nas ruas da zona sul de BH, pela
perda de uma vida, em razão da virulência de bandidos. Isto é aceitável
e não há o mesmo ponto de vista. Por quê? Não somos uma coisa. Somos
“gente como as outras”. Cidadãos diferentes, sim! Mas, só na missão que
escolhemos. No seu caso é melhor contribuir do que nós criticar.
Confessamos que de você esperávamos melhor reflexão e contribuição. Que
Pena, não foi isto que ouvimos!
Ten Cel Alberto Luiz Alves